A Augusta e Respeitável Loja Simbólica Sete de Setembro nº 22, fundada em 07.09.1999, reune-se às 5ªs feiras, às 20 horas, no Condomínio do Palácio Maçônico da Grande Loja do Estado do Rio Grande do Norte (GLERN), na foto, situado na Rua Antomar de Brito Freitas, nº 3668, Bairro da Candelária, na Cidade de Natal/RN, CEP nº 59.064-590. Aguardamos a honrosa visita dos Irmãos!
Pesquisar este blog
segunda-feira, 18 de abril de 2011
À GL.´. DO G.´.A.´.D.´.U.´. ILUMINAÇÃO, COR E VESTIMENTA A Iluminação. Objetivo de todos os buscadores da verdade, incluindo nós, os maçons. Este trabalho intenta mostrar aos leitores a importância do uso adequado das cores em seus hábitos diários, tornando os irmãos cientes da sua influência no ambiente que o cerca, especialmente em Loja. O termo Iluminação ou Iluminado é bastante antigo e talvez por isso seja usado de forma tão corriqueira e banal que não nos lembramos de seu profundo significado. Iluminar é trazer a luz, possibilitando que se venha a perceber objetos e ambientes através do sentido da visão. É dar a capacidade de enxergar algo, saber sua forma, seu volume passar informações, tudo sem necessitar de tocar o objeto observado. Sem luz nada seria visto. Ela é algo tão importante que o próprio Albert Einstein, maior físico de nossa era, postulou e posteriormente comprovou que é a única constante no universo, e é a chave da transmutação da matéria em energia e vice versa através de sua Teoria da Relatividade Geral, com a famosa fórmula e=mc². A luz tem sentido simbólico utilizado em todas as doutrinas desde que o homem começou a desenvolver a CRENÇA RELIGIOSA e filosófica. O Deus Sol, princípio ativo, comum em várias culturas nada mais é do que o culto àquele que trás a luz ou o iluminador. Por sua vez o culto à Lua representa um ato de adoração a outro objeto luminoso que não produz luz própria, mas reflete a do sol, demonstrando o princípio da passividade. Ao longo do tempo estas simbologias foram adaptadas e renomeadas, criando religiões e seitas mais modernas que possuem a mesma base que remete à luz. Lidar com luz é lidar com a força mais poderosa da criação, a primeira delas na verdade, pois disse Deus na primeira era da existência “Faça-se a Luz!”. Sem que a luz fosse feita no início, não haveria como perceber nenhuma forma na criação. Ela existe como alegoria neste plano para mostrar-nos que, se com olhos materiais podemos perceber formas e eventos tão sublimes no universo, imaginem o que seremos capazes de perceber com o sentido da visão celeste. O Zohar possui uma citação muito pertinente sobre o assunto: “Compreender a luz é trabalhar com a capacidade de enxergar e com o ato de perceber a representação material da criação através da cor”. Mas o que é a cor? É preciso que todos reflitam sobre este fenômeno. Muitas linhas filosóficas antigas a descreveram e, de certa forma, todas são complementares e têm significado simbólico muito profundo. O conceito de Aristóteles afirmava que a cor é resultado do enfraquecimento da luz, e que é formada por 07 cores primárias. No século 17, esta idéia foi comprovada pelos pensadores René Decartes e Isaac Newton, que conseguiram decompor a luz nos 07 espectros visíveis perceptíveis quando a luz branca atravessa cristais transparentes como no arco-íris, e adicionaram a ideia de que a luz possuía matéria, tempos depois chamada partícula de fóton. Goethe trabalhou a tese de que o sentido da visão e a sensibilidade de casa afetam sua percepção da luz e das cores. Vemos assim que existem detalhes a serem destrinchados na definição de cor, pois, ao constatar que a luz divide-se em 07 cores primárias, observamos a ligação simbólica com o número da perfeição, o somatório do ternário com o quaternário. Michael Pastoureau em sua obra DICIONÁRIO DAS OBRAS DO NOSSO TEMPO, afirma que a cor não é o resultado da influência da luz sobre um objeto, mas do fenômeno de absorção das frequências eletromagnéticas desta por cada material. A física ótica adiciona ainda que o efeito perceptível da cor pelo olho humano pode variar, dependendo do referencial imediato, ou seja, a cor modifica sua percepção de acordo com a que estiver ao seu lado ou entorno. Neste ponto começamos a observar a necessidade da atenção na nossa vestimenta ritualística. No momento em que modificamos as cores de nossa roupa, descumprindo as determinações de nosso ritual, estamos também alterando a percepção do ambiente dos nossos companheiros na seção e consequentemente modificando sua compreensão e a harmonia da egrégora. Reforçando esta afirmação temos a fala do grande estudioso da psicologia e do comportamento na arte, Kandinky em sua obra O ESPÍRITO DA ARTE, onde afirma que a cor tem poder de provocar uma expressão sentimental em forma de vibração psíquica, argumento sustentado também por Goethe. Hoje sabemos que determinados tons podem influenciar nosso comportamento e, até mesmo, o funcionamento de nosso organismo. Após a definição do que é cor, podemos passar à 2ª análise, compreendendo a diferença entre a Cor Luz e a Cor Pigmento. A Cor Luz é um fenômeno de radiação eletro –magnética não material, e se propaga em frequências de onda, não podendo ser acumulada, porém, de possível direcionamento através de artifícios materiais. A Cor Pigmento é a materialização da cor luz em um objeto, onde este tem a capacidade de absorver ou não os espectros da cor luz e reflete uma frequência visível específica definindo a aparência da cor. O pigmento de cor branca, por exemplo, reflete todas as frequências da luz branca, por sua vez o preto acumula todas as frequências, mas não refletindo nenhuma, assim definindo uma cor material escura. Observem que a cor depende diretamente da Luz e, no momento em que esta é retirada, não existem cores a serem vistas já que não há o que refletir ou absorver. Outro fator da equação luz é a camada pigmentar do olho humano que tem a capacidade de fazer uso da vitamina A para adaptar a visão ao ambiente de baixa luminosidade, aumentando o acúmulo da luz ambiente e, ao mesmo tempo, multiplicando-a. As pupilas são dilatadas para uma maior entrada da luz ambiente no globo ocular, e então adaptamos nossa visão ao escuro, tudo isso ocorrendo como uma reação natural do corpo a mudanças no ambiente. Na nossa ritualística o ambiente semi-escuro com roupas escuras favorece a adaptação do corpo, preparando-o para absorver o máximo de luz possível, fazendo uso das vestimentas que estimulam a visão dos outros irmãos, que absorvem as frequências luminosas da Luz Branca para nós. Abrindo as chamadas “janelas da alma”, expressão do grande mestre Da Vice, para a recepção da Luz. É possível notar a estreita ligação dos dados filosóficos e científicos com os princípios Herméticos da correspondência e o da vibração. A correspondência mostra que a Luz Branca intangível, como somatória de todas as frequências, tem seu oposto material na Cor Pigmento Preta, que representa a mesma soma da vibração, pois as ondas intangíveis se apresentam por frequências de Luz Cor. Se observarmos as 10 Emanações da Cabalah, veremos que combinam com a quantidade de cores perceptíveis ao ser humano: temos as 07 frequências primárias da decomposição da Luz Branca somadas à própria luz branca, a cor pigmento material preta e o invisível que resulta da relação nem da soma nem da subtração das cores. Observem que a única cor material oposta à luz branca é o preto pigmento, e este pode ser relacionado diretamente com Malkut, reflexo material da primeira emanação. É importante lembrar aos irmãos que em nosso nascimento simbólico nós pedimos a Luz, temos então que fazer o possível para realmente recebê-la, respeitando inclusive a determinação do nosso uniforme de trabalho. Percebemos que é consenso entre os grandes pensadores da história e a ciência aplicada que a cor tem uma influência direta no comportamento das pessoas, havendo uma necessidade real do respeito a seu uso, mesmo que em vestimentas, mas principalmente em ordens iniciáticas e realizadoras de cerimônias ritualísticas. A Maçonaria em sua perfeição não nos recomenda ou expõem nada que não possua um significado maior, assim irmãos, em momentos de incompreensão de nossa parte, devemos buscar entendê-la e não questioná-la. Recebamos a Luz que invocamos em todas as reuniões, e que ela abra nossa mente ao entendimento. Os lábios da sabedoria estão fechados, exceto para os ouvidos do entendimento. (Caibalion) Reflitamos. A vós confio!... Daniel Nicolau de Vasconcelos Pinheiro M.: M.: da ARLS Sete de Setembro nº 22 Oriente de Natal/RN
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário