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segunda-feira, 18 de abril de 2011

À GL.´. DO G.´.A.´.D.´.U.´. ILUMINAÇÃO, COR E VESTIMENTA A Iluminação. Objetivo de todos os buscadores da verdade, incluindo nós, os maçons. Este trabalho intenta mostrar aos leitores a importância do uso adequado das cores em seus hábitos diários, tornando os irmãos cientes da sua influência no ambiente que o cerca, especialmente em Loja. O termo Iluminação ou Iluminado é bastante antigo e talvez por isso seja usado de forma tão corriqueira e banal que não nos lembramos de seu profundo significado. Iluminar é trazer a luz, possibilitando que se venha a perceber objetos e ambientes através do sentido da visão. É dar a capacidade de enxergar algo, saber sua forma, seu volume passar informações, tudo sem necessitar de tocar o objeto observado. Sem luz nada seria visto. Ela é algo tão importante que o próprio Albert Einstein, maior físico de nossa era, postulou e posteriormente comprovou que é a única constante no universo, e é a chave da transmutação da matéria em energia e vice versa através de sua Teoria da Relatividade Geral, com a famosa fórmula e=mc². A luz tem sentido simbólico utilizado em todas as doutrinas desde que o homem começou a desenvolver a CRENÇA RELIGIOSA e filosófica. O Deus Sol, princípio ativo, comum em várias culturas nada mais é do que o culto àquele que trás a luz ou o iluminador. Por sua vez o culto à Lua representa um ato de adoração a outro objeto luminoso que não produz luz própria, mas reflete a do sol, demonstrando o princípio da passividade. Ao longo do tempo estas simbologias foram adaptadas e renomeadas, criando religiões e seitas mais modernas que possuem a mesma base que remete à luz. Lidar com luz é lidar com a força mais poderosa da criação, a primeira delas na verdade, pois disse Deus na primeira era da existência “Faça-se a Luz!”. Sem que a luz fosse feita no início, não haveria como perceber nenhuma forma na criação. Ela existe como alegoria neste plano para mostrar-nos que, se com olhos materiais podemos perceber formas e eventos tão sublimes no universo, imaginem o que seremos capazes de perceber com o sentido da visão celeste. O Zohar possui uma citação muito pertinente sobre o assunto: “Compreender a luz é trabalhar com a capacidade de enxergar e com o ato de perceber a representação material da criação através da cor”. Mas o que é a cor? É preciso que todos reflitam sobre este fenômeno. Muitas linhas filosóficas antigas a descreveram e, de certa forma, todas são complementares e têm significado simbólico muito profundo. O conceito de Aristóteles afirmava que a cor é resultado do enfraquecimento da luz, e que é formada por 07 cores primárias. No século 17, esta idéia foi comprovada pelos pensadores René Decartes e Isaac Newton, que conseguiram decompor a luz nos 07 espectros visíveis perceptíveis quando a luz branca atravessa cristais transparentes como no arco-íris, e adicionaram a ideia de que a luz possuía matéria, tempos depois chamada partícula de fóton. Goethe trabalhou a tese de que o sentido da visão e a sensibilidade de casa afetam sua percepção da luz e das cores. Vemos assim que existem detalhes a serem destrinchados na definição de cor, pois, ao constatar que a luz divide-se em 07 cores primárias, observamos a ligação simbólica com o número da perfeição, o somatório do ternário com o quaternário. Michael Pastoureau em sua obra DICIONÁRIO DAS OBRAS DO NOSSO TEMPO, afirma que a cor não é o resultado da influência da luz sobre um objeto, mas do fenômeno de absorção das frequências eletromagnéticas desta por cada material. A física ótica adiciona ainda que o efeito perceptível da cor pelo olho humano pode variar, dependendo do referencial imediato, ou seja, a cor modifica sua percepção de acordo com a que estiver ao seu lado ou entorno. Neste ponto começamos a observar a necessidade da atenção na nossa vestimenta ritualística. No momento em que modificamos as cores de nossa roupa, descumprindo as determinações de nosso ritual, estamos também alterando a percepção do ambiente dos nossos companheiros na seção e consequentemente modificando sua compreensão e a harmonia da egrégora. Reforçando esta afirmação temos a fala do grande estudioso da psicologia e do comportamento na arte, Kandinky em sua obra O ESPÍRITO DA ARTE, onde afirma que a cor tem poder de provocar uma expressão sentimental em forma de vibração psíquica, argumento sustentado também por Goethe. Hoje sabemos que determinados tons podem influenciar nosso comportamento e, até mesmo, o funcionamento de nosso organismo. Após a definição do que é cor, podemos passar à 2ª análise, compreendendo a diferença entre a Cor Luz e a Cor Pigmento. A Cor Luz é um fenômeno de radiação eletro –magnética não material, e se propaga em frequências de onda, não podendo ser acumulada, porém, de possível direcionamento através de artifícios materiais. A Cor Pigmento é a materialização da cor luz em um objeto, onde este tem a capacidade de absorver ou não os espectros da cor luz e reflete uma frequência visível específica definindo a aparência da cor. O pigmento de cor branca, por exemplo, reflete todas as frequências da luz branca, por sua vez o preto acumula todas as frequências, mas não refletindo nenhuma, assim definindo uma cor material escura. Observem que a cor depende diretamente da Luz e, no momento em que esta é retirada, não existem cores a serem vistas já que não há o que refletir ou absorver. Outro fator da equação luz é a camada pigmentar do olho humano que tem a capacidade de fazer uso da vitamina A para adaptar a visão ao ambiente de baixa luminosidade, aumentando o acúmulo da luz ambiente e, ao mesmo tempo, multiplicando-a. As pupilas são dilatadas para uma maior entrada da luz ambiente no globo ocular, e então adaptamos nossa visão ao escuro, tudo isso ocorrendo como uma reação natural do corpo a mudanças no ambiente. Na nossa ritualística o ambiente semi-escuro com roupas escuras favorece a adaptação do corpo, preparando-o para absorver o máximo de luz possível, fazendo uso das vestimentas que estimulam a visão dos outros irmãos, que absorvem as frequências luminosas da Luz Branca para nós. Abrindo as chamadas “janelas da alma”, expressão do grande mestre Da Vice, para a recepção da Luz. É possível notar a estreita ligação dos dados filosóficos e científicos com os princípios Herméticos da correspondência e o da vibração. A correspondência mostra que a Luz Branca intangível, como somatória de todas as frequências, tem seu oposto material na Cor Pigmento Preta, que representa a mesma soma da vibração, pois as ondas intangíveis se apresentam por frequências de Luz Cor. Se observarmos as 10 Emanações da Cabalah, veremos que combinam com a quantidade de cores perceptíveis ao ser humano: temos as 07 frequências primárias da decomposição da Luz Branca somadas à própria luz branca, a cor pigmento material preta e o invisível que resulta da relação nem da soma nem da subtração das cores. Observem que a única cor material oposta à luz branca é o preto pigmento, e este pode ser relacionado diretamente com Malkut, reflexo material da primeira emanação. É importante lembrar aos irmãos que em nosso nascimento simbólico nós pedimos a Luz, temos então que fazer o possível para realmente recebê-la, respeitando inclusive a determinação do nosso uniforme de trabalho. Percebemos que é consenso entre os grandes pensadores da história e a ciência aplicada que a cor tem uma influência direta no comportamento das pessoas, havendo uma necessidade real do respeito a seu uso, mesmo que em vestimentas, mas principalmente em ordens iniciáticas e realizadoras de cerimônias ritualísticas. A Maçonaria em sua perfeição não nos recomenda ou expõem nada que não possua um significado maior, assim irmãos, em momentos de incompreensão de nossa parte, devemos buscar entendê-la e não questioná-la. Recebamos a Luz que invocamos em todas as reuniões, e que ela abra nossa mente ao entendimento. Os lábios da sabedoria estão fechados, exceto para os ouvidos do entendimento. (Caibalion) Reflitamos. A vós confio!... Daniel Nicolau de Vasconcelos Pinheiro M.: M.: da ARLS Sete de Setembro nº 22 Oriente de Natal/RN

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