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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

REVISTA ARTE REAL - JANEIRO DE 2011



AS INCRÍVEIS “FÉRIAS” MAÇÔNICAS - José Castellani (*)
Férias maçônicas é uma invenção brasileira do século passado que vem sendo, cada vez mais, "esticada", para satisfação daqueles que crêem que trabalho maçônico é estafante. No Grande Oriente do Brasil, temos o alentado período de 30 dias, de 20 de dezembro a 20 de janeiro; na Grande Loja, o período de 20 de dezembro a 6 de janeiro, para que os "cansados" maçons repousem de seu pesado trabalho simbólico de operário. Isso, todavia, nem sempre aconteceu. Consultando antigos livros de atas, pode-se constatar que as Lojas não paravam seus trabalhos no Natal, nem na passagem de ano.

Tomemos, para exemplo, alguns casos:

1. Na Loja Amizade, de São Paulo, dois padres (padres, vejam bem!), Manoel Joaquim Gonçalves de Andrade e José Joaquim dos Quadros Leite, foram iniciados a 25 de dezembro de 1832; no dia 30 de dezembro, o padre José Joaquim Rodrigues.
E o Templo da Loja, na Rua Tabatinguera, foi inaugurado em dia 3 de janeiro de 1873;

2. Na Loja Piratininga, de São Paulo, em 23 de dezembro de 1912, era aprovada a proposta de que se alugasse o novo prédio da Loja, na Rua Líbero Badaró, à firma Luiz Osório e Cia., por quatro contos de réis mensais, com contrato de cinco anos.
Em 8 de janeiro de 1890, era aprovado, em sessão econômica, um voto de congratulações pela escolha do Marechal Deodoro da Fonseca para o Grão-Mestrado do Grande Oriente do Brasil;

3. A Loja Fé e Perseverança, de Jaboticabal, promoveu a sua sessão de regularização em 5 de janeiro de 1890;

4. A Loja Monte Líbano, de São Paulo, realizava uma sessão magna para iniciação de Júlio dos Santos Martins, português, agente comercial, em 31 de dezembro de 1914;

5. A Loja União Paulista, de São Paulo, iniciava, em 7 de janeiro de 1924, o negociante italiano Francisco Maurano; em 27 de dezembro de 1928, o comerciante italiano Carlos Castellani;

6. A Loja Fraternidade, de Santos, que, em 1915, fez fusão com as Lojas Renascença II e Cinco de Abril, formando a Fraternidade de Santos, em sessão de 31 de dezembro de 1955, resolvia que, na procissão em louvor a São Benedito, faria representar-se com a imagem de S. João, a Ela pertencente, transportada e acompanhada pelos obreiros do quadro.

A partir do final do século passado, algumas Lojas começaram a fazer um pequeno hiato em seus trabalhos, véspera de Natal até dia de Reis, em 6 de janeiro.
Posteriormente, porém, iria haver um aumento, em uma Obediência, que iria se estender às demais e até ser esticado, de forma pitoresca.

Em 25 de janeiro de 1955, último dia dos festejos do 4º Centenário da cidade de São Paulo, era inaugurado o Edifício-Sede do Grande Oriente de São Paulo, na Rua São Joaquim, cuja construção fora iniciada em 1948.
Para os padrões da época, o prédio era opulento: 2.320m² de construção; quatro Templos para trabalho de 24 Lojas e mais Um nobre; um sub-solo e mais três andares, servidos por elevador Atlas; Templos aerificados, através de um sistema de insuflação de ar fresco, produzido por ventiladores centrífugos de baixa pressão e rotação com motores elétricos de 5 a 10 HP, para expulsar o ar viciado e quente, aspirado para o exterior através de ventiladores bi-helicoidais, com funcionamento automático; abastecimento de água através de dois reservatórios de concreto, um no subsolo, com capacidade para 10.000 litros, outro no último andar, com capacidade para 4.000 litros; dez instalações sanitárias completas; oito Câmaras de Reflexão, com dispositivo para se ver, de fora, o que se passa dentro, sem que, do interior, perceba-se.
Evidentemente, um prédio tão grande e complexo é de difícil manutenção, e essa dificuldade foi agravada pelo grande número de pessoas que, por ali, circulavam e ajudaram a deteriorar a construção.
Isso aconteceu em pouco tempo, pois, menos de três anos depois de sua inauguração, o edifício já necessitava de reparos. Diante disso, o Grão-Mestre Benedito Pinheiro Machado Tolosa, professor de Obstetrícia da Faculdade de Medicina de S. Paulo, emitia, em 9 de dezembro de 1957, o Ato Nº 146, estendendo as férias maçônicas, que, então, iam de 24 de dezembro a 6 de janeiro, até 18 de janeiro, diante da necessidade de se proceder a alguns reparos, limpeza geral e pintura parcial do Edifício-Sede. Nos dois anos seguintes, pelo mesmo motivo, elas foram estendidas até dia 20.

E a coisa acabou, rapidamente, tornando-se "tradicional"; os motivos tinham sido esquecidos, não se pensando em reparos e pinturas, chegando, mesmo, até as Constituições do Grande Oriente do Brasil. Acabou, além disso, chegando a outras Obediências, que, talvez, adorando a ideia, esticaram, mais ainda, as tais "férias", dando, inclusive, um "extra" no mês de julho, como se os maçons fossem aluninhos de escolas infanto-juvenis, com direito a férias de verão e de inverno.
Os maus exemplos, geralmente, frutificam, ou seja, “passarinho que anda com morcego acaba dormindo de cabeça para baixo”.
E, até hoje, não apareceu ninguém para extirpar essa prática, que é esdrúxula, porque o trabalho maçônico é constante e ininterrupto, como o de outras entidades filosóficas, iniciáticas, assistenciais e de aperfeiçoamento do Homem (seria, realmente, cômico se a Igreja, por exemplo, entrasse em férias). Coisas como essa é que desgastam a Maçonaria brasileira, reduzindo-a a condição de simples clube, ou sociedade recreativa, o que contribui para corroer a sua credibilidade pública.
Como, notoriamente, o “uso do cachimbo faz a boca torta”, será difícil acabar com essa invenção, pois as justificativas são muitas: uns alegam que é preciso dar férias aos funcionários da Obediência e das Lojas, esquecendo-se de que qualquer empresa, ou sociedade, dá férias aos seus funcionários, sem fechar as suas portas; outros, no exercício do mais profundo egocentrismo, justificam-nas (inclusive as de inverno), com a necessidade de aproveitar as férias escolares e viajar com a família, esquecendo-se, intencionalmente, é claro, de que, se os filhos têm três meses delas, qualquer trabalhador tem, no máximo, 30 dias, a não ser que seja um nababo miliardário, ou um desocupado crônico.
Além disso, muitos maçons, já maduros e sem filhos em idade escolar, gostariam de frequentar os trabalhos maçônicos constantemente, mas são tolhidos pela ditadura egoísta dos que acham que, se não podem frequentar, os outros, também, não.
É o caso de recorrer à velha expressão: "Vai trabalhar, vagabundo", pelo menos, na Maçonaria, já que a indolência, hoje, é marca registrada nacional (basta ver os tais "feriados prolongados").

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

CASA DO MAÇOM: BELO EXEMPLO A SER SEGUIDO!

Prezados Irmãos:
Recebemos hoje uma mensagem do Ir.: Ap.: SAMIR ARAÚJO LEMOS, da Loja Sete de Setembro, repassando importantíssimo assunto referente à Casa do Maçom, em Barretos/SP, que faz um impressionante trabalho social e que merece ser visto, quiçá, imitado.
Convidamos para acesso ao Portal da Loja, através do qual se pode ver o maravilhoso trabalho feito para a Família Maçônica, com números impressionantes:
http://www.fraternidadepaulista.com.br

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

CONFRATERNIZAÇÃO DO FINAL DE ANO




Eis algumas fotos (cedidas pelo Ir.: Samir Lemos) do nosso derradeiro encontro do ano no sábado, dia 18.12.2010, nas ótimas dependências do CEPE - Clube dos Empregados da Petrobras, na Av. Ayrton Senna, em Natal/RN.
Foi um agradabilíssimo dia onde os Irmãos e respectivas famílias passaram bons momentos de descontração e belo convívio.
Tenham todos um ótimo Natal, com muita reflexão sobre os ensinamentos deixados pelo Aniversariante, Jesus, o Cristo.
Que o novo ano traga saúde, paz, progresso pessoal e profissional a todos que fazem a Loja Sete de Setembro e suas respectivas famílias, com extensão para a toda a Família Maçônica espalhada por todos os rincões da Terra.
S.: F.: U.: