Francisco
Feitosa (*)
Uma biblioteca fechada é,
tão somente, um prédio como outro qualquer. Quando aberta ao público,
transforma-se em um imenso manancial de ensinamentos, uma ponte capaz de levar
o ávido leitor a um novo mundo jamais vislumbrado.
Embora abertas à visitação
do público, as bibliotecas não são, na verdade, um “point”, que atraia o
interesse das pessoas na atualidade. O materialismo do mundo induz a desviarem sua
atenção em direção ao falso brilho de coisas efêmeras.
Na Antiguidade, em
Alexandria, existiu a maior e mais importante biblioteca que o mundo já
conheceu. Estima-se que possuía cerca de 1 milhão de papiros. Parcial e
intencionalmente destruída por várias vezes em inúmeros incêndios, em 646 d.C.,
um incêndio acidental pôs fim ao maior tesouro da humanidade acumulado em
papiros.
A história registra que incendiar
livros foi uma prática por parte de muitos conquistadores, a fim de exterminar
a cultura do povo conquistado, impossibilitando-lhe de, futuramente, retomar
suas crenças e tradições, facilitando seu domínio. Os Nazistas e a Igreja
Católica são exemplos dessa barbárie.
Atualmente, a prática de
“queimar livros” se mantém de uma forma intelectualizada, quando se passa a
acumulá-los em estantes, apenas, para decorar o ambiente, e não para seu real
propósito.
Sem perceber, aumenta-se,
ainda mais, essa “fogueira”, depositando e-books em alguma pasta virtual de um
PC, acumulando “poeira cibernética”, longe do “espanador” da lembrança de, um
dia, abri-los e lê-los.
Já dizia o poeta alemão
Heinrich Heine, em 1821: “Aqueles que queimam livros, acabam cedo ou tarde por
queimar homens”.
O insigne Professor
Henrique José de Souza, fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose, afirmava
que “a biblioteca é a parte mais nobre de uma casa”. Ressalto que sua nobreza
não reside em sua existência, mas, quando utilizada, no que ela poderá
oferecer.
Nada substitui o prazer de
se jogar numa boa rede e iniciar um silencioso diálogo com um bom livro.
Como diria André Maurois:
“A leitura de um bom livro é um diálogo incessante; o livro fala, e a alma
responde”.
O objetivo dessa matéria é estimular a prática e o prazer da leitura.
Aproveitando a oportunidade, informo que no dia 1º de outubro próximo passado, inauguramos as novas instalações da Biblioteca Maçônica “De Campos Ribeiro”, localizada na sede do Supremo Conselho do Grau 33 do R.: E.:A.:A.: da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde os Irmãos poderão ter acesso a vasta literatura maçônica, em instalações modernas e confortáveis.
A Biblioteca do Supremo Conselho, ainda, conta com um pequeno auditório com videoteca, onde são exibidos vídeos maçônicos, além de uma ampla Sala de Leitura e pesquisas.
Encerra-se esta matéria com a frase de Henry David Thoran sobre a qual se pede uma reflexão:
“Muitos homens iniciaram uma nova era em suas vidas a partir da leitura de um livro”.
(*) O autor é o Editor
Responsável da Revista Arte Real e do Informativo Virtual Astréa News, e ocupa
o honroso cargo de Grande Bibliotecário do Supremo Conselho. feitosa@entreirmaos.net