A MAÇONARIA
E O DIA DOS PAIS
O
Código Moral Maçônico nos
traz uma mensagem bela do que é ser pai:
Se
tens um filho, regozija-te! Mas consciente da graça que o Grande Arquiteto do Universo
te deu.
Fazei
com que, até os dez anos, ele te obedeça;
até os vinte, te ame;
e até morte, te
respeite.
Até
os dez anos, sê o seu mestre;
até os vinte, sê o seu pai;
e até a morte, sê o
seu amigo.
Pensa
sempre em dar-lhe bons princípios e ensina-lhe boas maneiras;
inculca nele a
retidão e a honestidade sem máculas.
AS MÃOS
DO MEU PAI (*)
As tuas mãos têm grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
— como são belas as tuas mãos —
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos...
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas...
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah, Como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.
E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas...
essa chama de vida — que transcende a própria vida...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma...
(*) Mário Quintana, Poeta gaúcho:
As tuas mãos têm grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
— como são belas as tuas mãos —
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos...
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas...
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah, Como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.
E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas...
essa chama de vida — que transcende a própria vida...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma...
(*) Mário Quintana, Poeta gaúcho:
30.07.1906-Alegrete/05.05.1994-Porto
Alegre
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