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sexta-feira, 16 de julho de 2010

ORGANIZAÇÕES PARAMAÇÔNICAS



1 - ORDEM DEMOLAY
É uma organização para jovens de 12 a 21 anos. O principal propósito da Ordem DeMolay é a preparação de melhores cidadãos e a criação de líderes através do desenvolvimento do caráter, enfatizando: as Virtudes do Amor Filial; Reverência pelas Coisas Sagradas; Cortesia; Companheirismo; Fidelidade; Pureza; Patriotismo. Todo programa de um Capítulo DeMolay está apoiado nestas Sete Virtudes.

A Ordem DeMolay não tem a pretensão e não deseja tomar o lugar do lar, da igreja ou da escola nessa busca do aperfeiçoamento, mas, sim, coadjuvá-los com um programa de ensinamentos, visando uma boa cidadania a seus membros.
Ela obtém seu objetivo, oferecendo a esses jovens o seguinte:

• Saudável ocupação em suas horas livres;

• Dignos associados e bons amigos;

• O melhor dos ambientes;

• Interessante e completo programa que atende todas as atividades do desenvolvimento juvenil.

Porém, como em qualquer outra atividade, um membro somente receberá da Ordem DeMolay na proporção de sua própria colaboração. Participando sinceramente das atividades do Capítulo ele receberá substancial retorno material e espiritual. Fará verdadeiras amizades e aprenderá a ter responsabilidade e autoconfiança.

Os propósitos da Ordem DeMolay têm assumido novo valor e significado, devido às modernas tendências da juventude em sua busca de maior independência da tutela de seus pais e das normas estabelecidas, procurando encontrar uma nova auto identidade.

O PATRONO JACQUES DE MOLAY
Biografia - O patrono da Ordem DeMolay, mantida pela Maçonaria para jovens, nasceu em Vitrey, Departamento de Haute Saone, França, no ano de 1244.
Aos 21 anos de idade, JACQUES DEMOLAY entrou para a Ordem dos Cavaleiros Templários, uma organização sancionada pela Igreja Católica Romana de 1128, para proteger e guardar as estradas entre Jerusalém e Acre, um importante porto da cidade no Mar Mediterrâneo. A Ordem dos Cavaleiros Templários participou das Cruzadas, e conquistou um nome de valor e heroísmo.

Nobres e príncipes enviaram seus filhos para serem Cavaleiros Templários, e isso fez com que a Ordem passasse a ser muito rica e popular em toda a Europa.

Em 1298, Jacques DeMolay foi nomeado Grande Mestre dos Cavaleiros, uma posição de poder e prestígio; assumiu o cargo após a morte de seu antecessor Teobaldo Gaudini no mesmo ano.

Como Grande Mestre, Jacques DeMolay passou por uma difícil posição, pois as cruzadas não estavam atingindo seus objetivos. O anticristianismo sarraceno derrotou as Cruzadas em batalhas, capturando algumas cidades e portos vitais dos Cavaleiros Templários e dos Hospitaleiros (outra ordem de cavalaria), restando apenas um único grupo do confronto contra os Sarracenos.

Os Cavaleiros Templários resolveram se reorganizar e readquirir sua força. Eles viajaram para a Ilha de Chipre, esperando pelo público em geral para levantar-se em apoio à outra Cruzada. Em vez de apoio público, como sempre, os Cavaleiros atraíram a atenção dos poderosos Lordes.

Em 1305, Filipe IV "o Belo", rei da França, resolveu obter o controle dos Templários para impedir uma ascensão do poder da Igreja. O Rei era amigo de Jacques DeMolay - um de seus filhos era afilhado de Jacques DeMolay, Delfim Carlos, que mais tarde se chamaria Carlos IV e seria rei da França.

Mesmo sendo seu amigo, o rei da França, com toda a sua ganância, tentou juntar a ordem dos Templários e a ordem dos Hospitaleiros, pois sentiu que as duas Ordens formavam uma grande potência econômica.

Filipe IV sabia que a Ordem dos Templários, possuía várias propriedades e outros tipos de riqueza, doados pelos que, um dia, haviam recebido ajuda em várias cruzadas pela Europa.

Sem obter o sucesso desejado, que era o de juntar as duas Ordens e se transformar em um líder absoluto, o rei da França armou um plano para acabar com a Ordem dos Templários.

Usando um nobre francês, Esquin de Floyran, que teria como missão denegrir a imagem dos templários e de seu Grão Mestre Jacques DeMolay, e como recompensa, receberia terras pertencentes aos Templários, logo após derrubá-los.
O ano de 1307 viu o começo da perseguição aos Cavaleiros. Apesar de possuir um exército com cerca de 15 mil homens, Jacques Demolay havia ido à França para o funeral de uma Princesa da casa Real Francesa, levando consigo poucos homens, todos nobres.

Na madrugada de 13 de outubro, Jacques DeMolay, juntamente com seus amigos, foram capturados e lançados nas masmorras pelo chefe real Guilherme de Nogaret (que era um de seus conselheiros). Durante 07 anos, eles sofreram torturas e viveram em condições subumanas.

Enquanto os Cavaleiros não se dobravam, Filipe IV gerenciava as forças do Papa Clement para condenar os Templários. Suas riquezas e propriedades foram confiscadas e dadas à proteção de Filipe.

Após três julgamentos, Jacques DeMolay continuou sendo leal para com seus amigos e Cavaleiros. Ele se recusou a revelar o local das riquezas da Ordem, e a denunciar seus companheiros.

Em 18 de Março de 1314, ele foi levado à Corte Especial. Como evidências, a Corte dependia de confissões forjadas, supostamente assinadas por Jacques DeMolay. Ele desmentiu as confissões forjadas. Sob as leis da época, a pena por desmentir uma confissão era a morte.

Foi julgado pelo Papa Clemente; outro Cavaleiro, Guy D'Auvergne, desmentiu sua confissão e ambos foram condenados. O Rei Filipe ordenou que ambos fossem queimados naquele mesmo dia, e deste modo a história de Jacques DeMolay se tornou um testemunho de lealdade e companheirismo.

Demolay veio a falecer aos 70 anos de idade, no dia 18 de Março de 1314; durante sua morte na fogueira intimou os seus três algozesa comparecer diante do tribunal de Deus, amaldiçoando os descendentes do Rei da França, Filipe o Belo.

O primeiro a morrer foi o Papa Clemente V, logo em seguida, o Chefe da guarda e conselheiro real, Guilherme de Nogaret, e no dia 27 de novembro de 1314, morreu o rei Filipe IV com 46 anos de idade.

2 - ORDEM INTERNACIONAL DAS FILHAS DE JÓ

Idealizada para acolher filhas de maçons, a Ordem Internacional das Filhas de Jó foi criada em 20.10.1921, por Ethel T. Wead Mick, na cidade de Omaha, no Estado de Nebraska, Estados Unidos.

Teve o consentimento de J. B. Frademburg, Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica de Nebrasca, e de Anna J. Davis, a Grande Mãe da Ordem da Estrela do Oriente.

Sua figura principal, Ethel Mick, nasceu em 09.03.1881, na cidade de Atlantic, no estado americano de Iowa. Filha mais nova de William Henry Wead e Elizabeth Delight Hutchinson Wead, teve uma educação muito rígida. Sua mãe lia todas as noites trechos da Bíblia e fazia sempre referência ao Livro de Jó. Ethel foi incutida com a idéia de que, ao ter uma filha, ela seria “justa como uma Filha de Jó”.

Ethel fez medicina no Creighton Medical College em Omaha, onde conheceu William Henry Mick, que também era estudante do mesmo curso. Os dois se casaram em maio 1902 e tiveram duas filhas, Ethel e Ruth. A fundadora da Ordem se dedicava ao canto e a pintura a óleo em porcelana chinesa. Tinha também o hábito de ajudar e incentivar clubes de amizades e cívicos.

Foi Suprema Guardiã da Ordem de 1921 a 1922, no Bethel número Um dos Estados Unidos, que hoje leva o seu nome, Bethel Wead Mick. Era uma mulher que é descrita como uma senhora que compreendia em profundidade os ensinamentos recebidos de sua mãe, tradicionalista cristã, “especialmente as lições de literatura e drama encontrados no Livro de Jó”, como é descrito em vários textos maçons.

Assim, ela decidiu dedicar parte de seu tempo para a missão de fazer com que todas as moças compartilhassem dessa educação esmerada a qual ela tivera acesso.

Os arquivos oficiais maçons registram várias reuniões preliminares realizadas com a presença de mestres e membros da ordem Estrela do Oriente entre 1918 e 1920, na casa e no escritório do casal William e Ethel Mick, em Omaha.

Depois de muitos estudos e considerações dos maçons envolvidos, Ethel conseguiu a fundação de sua nova Ordem e a dedicou à memória de sua mãe.

O objetivo desta ordem é o ingresso de “moças de 13 a 20 anos, que tenham parentesco ou relacionamento com maçons, para aperfeiçoamento do seu caráter, através do desenvolvimento moral e espiritual, encontrado nos ensinamentos que destacam reverência a Deus e às Sagradas Escrituras, lealdade com a bandeira do País e às coisas que ela representa, e amor para com os pais e familiares”.

O espírito sisudo e tradicional da maçonaria rígida faz eco nos textos que se encontram na Internet sobre a Ordem. Por exemplo, ao se descrever os benefícios da organização, temos o seguinte trecho:“(Os benefícios) são inenarráveis, pois não existe nada mais adequado para uma moça que os belos ensinamentos escritos no livro de Jó e demonstrados em seus trabalhos ritualísticos, cerimônias, canções e leituras, oferecendo uma influência forte e inspiradora sobre todos que assistem a reunião de um Bethel”.

Lembremos um pouco sobre Jó, que era um personagem bíblico nascido no deserto da Arábia. Como todos os personagens do Livro Sagrado, pouco se sabe (historicamente falando) sobre ele, a não ser que era homem piedoso, honesto, temente a Deus, dono de muitas riquezas e casado. Tinha sete filhos e três filhas.Um dia o demônio propôs a Deus que tirasse as riquezas de Jó e afirmou que, caso isto acontecesse, a fé dele acabaria. Deus assim permitiu e, em pouco tempo, Jó perdeu seus bens, viu a morte de seus filhos e de sua esposa e finalmente contraiu uma terrível doença. Jó, mesmo passando por tudo isso, continuou a ser um servo de Deus, que viu que continuava firme em seus propósitos e sua fé. Logo, o personagem teve suas feridas curadas, seus bens recuperados e montou outra família.

Pouco se sabe sobre o trabalho ritualístico, mas é divulgado que se baseia no triângulo, nas três Filhas de Jó, no Livro Sagrado e na Educação, com representações latinas e gregas.

Para quem não sabe, o Livro de Jó é definido como uma composição literária tipicamente maçônica, cujo personagem principal é uma espécie de modelo. Trata-se de um homem dominado por sentimentos inerentes à espécie humana como inocência, piedade, modéstia, retidão, honestidade, lealdade e compaixão pelos órfãos e viúvas. Todos esses são considerados princípios fundamentais da maçonaria e as integrantes desta Ordem seguem os ensinamentos extraídos do livro.

Suas integrantes vestem túnicas brancas, conhecidas como hobbys, que eram supostamente utilizadas na época de Jó. Suas bordas possuem desenhos de chaves gregas em branco e simboliza a fé na forma de viver.

A realeza, símbolo da Ordem, é representada pelas cores branco (pureza) e púrpura. Seu lema é “A virtude é uma qualidade que grandemente honra uma mulher”.

Pré-requisitos:

Ter idade entre 11 e 20 anos incompletos.

Ter parentesco maçônico ou forte relacionamento com famílias maçônicas.

Ter disponibilidade para frequentar as reuniões.

Crer em um ente superior.

Um Bethel, como é chamado o templo sagrado da Ordem, possui um Conselho Guardião, que é formado por maçons, mães de Filhas de Jó, ou esposas de maçons, que ajudam as componentes a realizar seus trabalhos. É por este conselho que passam todas as decisões que deverão ser tomadas em nome da Ordem.

Sua composição é de 20 cargos, que são assim distribuídos:

Honorável Rainha, 1ª Princesa e 2ª Princesa (eleitas),

Secretária, Tesoureira, Capelã, Bibliotecária, Musicista, 1ª Mensageira, 2ª Mensageira, 3ª Mensageira, 4ª Mensageira, 5ª Mensageira, 1ª Zeladora, 2ª Zeladora, Guarda Interna e Guarda Externa.

Cada gestão dura seis meses.As componentes são iniciadas de maneira ritualística, com a utilização de paramentos, toques e palavras próprios.

Para assistir a uma cerimônia é necessário ser um maçom regular, pai, padrasto, avô ou tutor de um membro ou candidata. Esta, por sua vez, deverá ter pelo menos 20 anos de idade com parentesco maçônico comprovado, ou seja, deve ser esposa, filha, neta, mãe, irmã, meia-irmã ou viúva de um mestre maçom.

Para fundar um Bethel é necessário o patrocínio de uma loja maçônica ou de um grupo de maçons. A autorização vem dos Estados Unidos, por meio da Suprema Guardiã.

Após sua aprovação é enviada a Carta Constitutiva, documento que oficializa sua existência. Em seguida é feita uma seleção de 15 ou mais candidatas qualificadas para associação, que devem assinar o formulário de pedido de autorização para organizar um Bethel.

As candidatas são então iniciadas por membros de um Bethel possuidor da carta Constitutiva quando disponível, caso contrário por uma Oficial Instituidora administrando o juramento.

Aquelas que constituem o Conselho Guardião do Bethel são nomeadas por um período de um ano. As Oficiais são eleitas ou nomeadas para um mandato de seis meses em seus cargos.

Entre suas atividades principais estão as atividades filantrópicas como a angariação de fundos para caridades específicas, além de coletas para caridades nacionais e trabalhar em favor dos necessitados.

Entre as atividades sociais estão equipes de competição, coral e teatro, chás, recepções e festas formais.

3 - ESTRELA DO ORIENTE
Outra organização para-maçônica voltada para esposas, filhas, noras, mães, irmãs, netas, bisnetas e viúvas de mestres maçons regulares em suas lojas.

A Estrela do Oriente (ou Eastern Star) foi criada em 1850 pelo maçom Robert Morris, que era advogado e Grão-Mestre do Estado de Kentucky, nos Estados Unidos.

Seu rito de adoção possuía, originalmente, apenas quatro graus: aprendiz, mestra e perfeita mestra.

Sua atuação espalhou-se consideravelmente nos anos seguintes por países como Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália, Espanha, Alemanha, México, Panamá, Filipinas, Japão, Porto Rico, Havaí, Austrália, Canadá, entre outros.

Hoje, se estima que possua cerca de 1.200.000 membros. No Brasil apareceu pela primeira vez no Rio de Janeiro em agosto de 1997.

Na época, havia apenas 04 Capítulos. Hoje são mais de 20 somente em São Paulo, um no Espírito Santo e um na cidade de Bagé, no Rio Grande do Sul.

Além dos já tradicionais trabalhos ritualísticos, a Ordem tem como objetivos trabalhar como educação, edificação de caráter, ressaltar os valores morais e espirituais, fazer caridade e servir ao próximo. Também dá suporte às Filhas de Jó..
Apesar dessas características, não se define como uma religião ou uma sociedade feminista. Suas reuniões acontecem num templo maçônico ou em suas Salas Capitulares, uma vez que a Ordem possui a necessidade de estar envolvida com uma loja maçônica, por causa do uso em comum das instalações.

Porém, é definido que a Ordem tem independência e que deve se manter por conta própria.
Para se afiliar as candidatas deve ter os seguintes requisitos:
Idade mínima de 18 anos
Acreditar em um ser superior
Ter boa conduta moral
Ter bom relacionamento de amizade, fidelidade e irmandade.
Para se iniciar a candidata deve obter uma solicitação para iniciação assinada por ela e mais dois membros do Capítulo que a recomendam.
A candidata deve apresentar a mesma documentação requerida pela maçonaria, incluindo a regularidade do Mestre Maçom cujo parentesco lhe permita a iniciação.

O capítulo Fronteira Sul de Bagé/RS, publicou na Internet um hino à sua Ordem, criado em agosto de 2001, cuja letra diz:
“Estrela fulgurante
Es tu, mulher,
Presença viva,
sempre constante
Nos grandes gestos
De caridade e compaixão.
Vai, Estrela Nobre,
Com proteção
E bênçãos de Adonai;
São teus caminhos (bis)
Paz, Amor e Perfeição (bis)
Maçonaria é teu berço
Nas fronteiras do Cone Sul,
Onde nasce o Quero-Quero
E o céu se banha de azul.
Cultivando no infinito
Do Amor, Esperança e Fé,
teu canto, Fraternidade, (bis)
é do Universo o Bem Maior. (bis) “

FONTE: www.misteriosantigos.com

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